A imagem acima está na vanguarda do filme "O Chamado". Ao contrário de procurarmos por um espírito no fundo das águas, a foto mostra em perspectiva como era o poço que ainda existe na rua da Represa nº 229. Em época de falta d´água - coisa muito constante naquela rua - o poço abastecia diversas famílias além daquelas que moravam no quintal. De vez em quando o nonno resolvia secar o poço para limpar o fundo, tirar os baldes que eventualmente costumavam descer e não subir. Aí era uma operação de guerra, com ele descendo e subindo baldes e baldes de água e minha mãe, a nonna, minhas tias aproveitando a água para lavar roupa, o quintal, enfim, algo visto hoje como desperdício, mas necessário para manter a qualidade da água.
Mais tarde, em 1989, quando casei, a água do poço abastecia minha caixa d'água, numa ligação que foi feita com a ajuda de uma bomba de sucção. O fato deixava os vizinhos com dor-de-cotovelo, ao ver que tínhamos água até para lavar o minúsculo quintal e eles na pindaíba. Por vezes a família Pillon era beneficiada, uma vez que eu jogava a mangueira direto do poço pro quintal e a Rosa e o Zé Carlos abasteciam baldes e bacias de água geladinha e pura.
Essa foto, tirada por mim entre 85 e 89 me rendeu o terceiro lugar num concurso de fotografias na Trorion S/A e acabei ganhando um colchão de solteiro, onde sonhei muitas vezes com o fundo do poço...
Arqui, Legal saber que você também estava pensando em postar sobre o poço, eu havia feito a ilustração para meu post a semana passada mas deixei guardada, quando você postou achei que seria muito oportuno complementar. Legal também saber que você ganhou um colchão com a foto dele.
ResponderExcluirAbçs.
Quem são essas pessoas da familia Pillon ...De que cidade voces falam ..neste texto ...
ResponderExcluirEu sou Pillon de Laranjal Paulista ..SP.
Agradeço Rosa Pillon
rosapillon@gmail.com