sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O QUINTAL DA RUA DA REPRESA NO TEMPO DO Nº 45



Quintal é sempre uma forte lembrança na memória de qualquer um.
A impressão que fica é sempre de dimensões muito maiores. Hoje, comparando e localizando tudo, fica dificil acreditar que dava prá ter tantas coisas naquele espaço como está atualmente.
Por volta de 1963 o quintal tinha essa cara:
1. A casa da frente onde moravam o nonno e a nonna.
2. A Casa ondem moragam o tio Angelim, tia Maria, a Teresinha, o Luis e - acho - a Isabel.
3. A entrada era pelo portão estreito e de cada lado do corredor havia um canteiro com grama preta bem alta, que o nono aparava com uma tesoura doméstica.
4. O portão de treliça azul que não abria. O nono fez ele fixo, mas havia um sistema de encaixe que permitia tirar a peça inteira, coisa que nunca vi fazerem.
5. Havia um gramado de grama São Carlos que o tio Angelin cortava com um alfange.
6. O pé de uvaia, fruta rara até hoje.
7. A horta que era regada todos os dias pelo nono, quando faltava água de rua ele regava água no poço e regava com um regador enorme de chapa galvanizada. Ele plantava de tudo principalmente, rúcula, almeirão, radice, tomate, alface, cebolina e catalonia. Ele não plantava couve porque detestava couve. Os canteiros eram ladeados por estaquinhas onde o nonno trançava umas linhas na lateral e fazia uns xis por sobre os canteiros novos com barbante branco, segundo ele para espantar os passarinhos que achavam que aquilo era uma armadilha e não vinha comer as mudinhas.
8. O banheiro da frente, onde tinha o chuveiro quente.
9. Os tanques da nonna e da tia Maria
10. O barracão ainda de zinco do Tio Angelin com chão de terra e ligado ao do nonno.
11. O barracão do nonno, com chão de terra e um fogão de lenha onde a nonna fazia sabão num tacho.
12. O poço de 15 metros e um espécie de centro de tudo. Feito em tijolos enormes com corda de sisal e um balde fixo. Havia um gancho com 3 dentes numa cordinha para o caso de algum balde cair lá dentro. A tampa tinha um dispositivo de segurança para crinaças não abrirem e cair lá dentro. A tampa era de correm e as muretas eram de cimento queimado, o sarrilho era de madeira e bastante perigoso se você não soubesse lidar com ele. Todos os vizinhos vinham buscar água nele, até hoje ele existe e a água era de 1ª.
13. Atrás do poço. Este lugar era chamado de atrás do poço e não era ocupado por nada a não ser eventualmente alguma tranqueira, mas se tinha um topônimo é porque era importante na época. 14. O corredor atrás da casa. O melhor lugar do quintal para se brincar.
15. A casa da Tia Tereza e do Tio Luis, da Luiza e do André. Depois da inquilina dona Dona Gessi e seu Alfredo, com os filhos Carlinhos, Ruze e Rogério.Depois a casa do inquilino Gerair que tocava sanfona. Depois a casa da Elena e do Elias.
16. O galinheiro e depósito de garrafas de vinho vazias.
17. O quintal da tia Teresa depois o gramado de grama japonesa da Elena.
18. Os dois banheiros do fundo, um era o antigo banheiro do tio Toni.
19. Casa onde moravam eu, meu pai José, minha mãe Paulina e meu irmão Paulo e o único cachorro do quintal o Boby.
20. O barracão de meu pai com o teto de zinco todo furado e a bancada onde o tio Toni fazia os brinquedos de madeira. Mas tarde seria a casa do irmão do Elias, o Sr. José.
21. O pé de pêssegos junto à pilha de madeiras velhas e o barracãozinho pintado de branco dos inquilinos.
22. O quintalzinho intermediário que só tinha tranqueiras entre a nossa casa e a casa dos inquilinos do fundo.
23. Casa dos inquilinos do fundo, Dona Matile e seu José do FNM, depois da Nair do Seu Santo, com o Tico e a Lurdinha, depois da Dona Virginia, depois de uma senhora que saiu sem pagar o aluguel.
24. O banheiro do fundo que era sem o vaso só um buraco.
25. Um gloriso pé de mão solitário e
26. Um terreiro onde se plantava abóboras.
Depois irei evoluindo e mostrando as modificações ocorridas.
Postado por Vitorio.

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